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24/10/1717

Unilever compra Mãe Terra e dobra aposta em produtos saudáveis

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A Unilever acaba de comprar a M\u00e3e Terra, uma aquisi\u00e7\u00e3o que reitera o apelo de marcas saud\u00e1veis para as grandes empresas de alimentos num momento de mudan\u00e7as dram\u00e1ticas nos h\u00e1bitos de consumo.

A multinacional fez o an\u00fancio da compra agora cedo em Londres, mas n\u00e3o revelou o valor da transa\u00e7\u00e3o.

A M\u00e3e Terra fatura mais de R$ 100 milh\u00f5es/ano e tem crescido mais de 30% ao ano nos \u00faltimos cinco anos. A empresa tem cerca de 300 funcion\u00e1rios e vende mais de 100 produtos integrais, muitos dos quais s\u00e3o tamb\u00e9m org\u00e2nicos; seus carros-chefes s\u00e3o granolas, snacks, cookies integrais, cereais e farin\u00e1ceos integrais como aveia e quinoa. A Euromonitor calcula que o mercado brasileiro para estes produtos seja de \u20ac 8 bilh\u00f5es/ano.

Uma fonte do setor disse que a companhia brasileira foi abordada repetidamente nos \u00faltimos meses por fundos de private equity e investidores estrat\u00e9gicos como a Nestl\u00e9, que tamb\u00e9m teria feito uma oferta.

Esta \u00e9 a primeira transa\u00e7\u00e3o envolvendo uma empresa brasileira do setor de alimentos saud\u00e1veis\u00a0desde que a Jasmine foi vendida para a francesa Nutrition et Sant\u00e9,\u00a0subsidi\u00e1ria da farmac\u00eautica japonesa Otsuka, tr\u00eas anos atr\u00e1s.

Na Unilever, o CEO Paul Polman tem sido ativo nestas aquisi\u00e7\u00f5es. No in\u00edcio do m\u00eas, a Unilever\u00a0comprou a Pukka Herbs, uma fabricante inglesa de ch\u00e1s org\u00e2nicos,\u00a0e, em abril, pagou US$ 140 milh\u00f5es para levar a Sir Kensington\u2019s, que fabrica ketchup e maionese veganos sem usar insumos geneticamente modificados. Mas foi a Danone quem fez a maior aposta no setor at\u00e9 agora, quando pagou US$ 10 bilh\u00f5es ano passado pela WhiteWave, uma fabricante americana de leite de soja e alimentos org\u00e2nicos.

Na medida em que tentam se adaptar a um mundo cada vez mais preocupado com a sa\u00fade, as grandes companhias de alimentos processados\u00a0t\u00eam encontrado dificuldade em desenvolver solu\u00e7\u00f5es a partir de seus pr\u00f3prios portf\u00f3lios.\u00a0A sa\u00edda tem sido comprar marcas independentes, que ganham um p\u00fablico fiel por oferecer identidade e autenticidade.\u00a0

O comunicado da Unilever diz que a gest\u00e3o da M\u00e3e Terra continuar\u00e1 com o management atual, com o objetivo de preservar a cultura e a vis\u00e3o da companhia, democratizar o acesso a produtos naturais e org\u00e2nicos no Brasil. A Unilever pretende dar escala a esta vis\u00e3o.

Al\u00e9m da Natura, a M\u00e3e Terra \u00e9 a \u00fanica outra companhia brasileira de express\u00e3o que conseguiu o selo da B Corp, uma organiza\u00e7\u00e3o que certifica empresas \\\”que usam o poder dos seus neg\u00f3cios para resolver problemas sociais e ambientais.\u201d A Danone, por exemplo, est\u00e1 aguardando certifica\u00e7\u00e3o.

Fundada em 1979 por um aluno da GV que foi fazer um retiro de ioga na \u00cdndia e deixou a empresa nas m\u00e3os de seu irm\u00e3o, a M\u00e3e Terra mudou seu destino quando, em 2007, foi comprada por Alexandre Borges, um amante do surf que namorava a marca h\u00e1 anos e resolveu investir no neg\u00f3cio depois de conhecer o Whole Foods nos EUA.

Criado numa fam\u00edlia que mantinha uma horta org\u00e2nica no quintal, Borges\u00a0conta num v\u00eddeo recente que era fascinado por comidas naturebas desde a adolesc\u00eancia,\u00a0quando j\u00e1 misturava cereais, aveia e cevada e dizia querer trabalhar com aquilo.\u00a0

Seu pai dizia que era loucura. \u201cNaquela \u00e9poca, era coisa de riponga,\u201d diz o empreendedor no v\u00eddeo.

Mais tarde, quando era trainee da Mastercard em St. Louis, descobriu o Whole Foods.

\u201cFiquei obcecado. Falei, \u2018tenho que trabalhar aqui e aprender esse neg\u00f3cio para levar para o Brasil.\u2019\u201d diz. Conseguiu um emprego de caixa noturno e passou dois meses na empresa.

Foram os dois meses que mudaram sua vida.

Antes de comprar a M\u00e3e Terra, Borges fundou e vendeu duas empresas: a Flores Online e a Significa, vendida \u00e0 Edelman em 2010.

Mas nenhum dos neg\u00f3cios anteriores chegou a ter o tamanho e a express\u00e3o que a M\u00e3e Terra conquistou entre as jovens marcas de alimentos saud\u00e1veis.

A M\u00e3e Terra ganhou visibilidade em julho 2015,\u00a0quando fez um acordo com a Gol para abastecer todos os v\u00f4os da companhia com seus snacks naturais.\u00a0Hoje, a companhia serve de 2,5 a 3 milh\u00f5es de snacks por m\u00eas nos v\u00f4os da empresa.

Agora, a venda vai permitir que a Unilever use a marca para expandir o neg\u00f3cio em termos de distribui\u00e7\u00e3o e novos produtos.

Fonte: www.braziljournal.com – Geraldo Samor – 02/10/2017

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