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“Na semana passada, o Banco Itaú anunciou o fechamento de 200 agências físicas pelo Brasil no primeiro semestre deste ano. Anúncio similar já tinha sido feito pelo Banco do Brasil e Caixa. O setor bancário no país vem sofrendo uma revolução nos últimos anos. Isso todos nós sabemos. A questão é: será que essas instituições tradicionais conseguem reagir a tempo a essas rápidas mudanças digitais?

A verdade é que ninguém está preparado para enfrentar grandes revoluções e as fintechs, startups do setor financeiro, são as principais causadoras dessa injeção de inovação no setor. Relatório do BID de 2018 mostrou que o Brasil é hoje o país com maior número de fintechs na América Latina. Apesar do lucro continuar crescente nos três principais bancos privados brasileiros, com 17,9% no primeiro semestre do ano na comparação com o mesmo período de 2018, segundo a revista Exame, a tendência é que a estrutura física fique cada vez menor.

O movimento da digitalização dos serviços vem exigindo que os bancos invistam em desenvolvimento e inovação. Em muito pouco tempo de atividade, a oferta de contas e serviços digitais está pressionando as receitas dos bancos. Ao reduzir custos com o fechamento de agências e o enxugamento do quadro de funcionários, eles terão índice de eficiência melhor. É uma conta simples: esse indicador é a relação entre despesas e receitas de uma instituição e, quanto menor, melhor, explicam analistas financeiros consultados pela Forbes. Além disso, o setor tradicional precisa se preocupar com a concorrência das fintechs, que já carregam no seu DNA o espírito empreendedor.

Em meio a todas essas notícias, o unicórnio Nubank, por exemplo, com mais de 10 milhões de usuários, anunciou na semana passada a sua entrada no setor corporativo, com uma conta digital para pessoas jurídicas e pequenas empresas. Ainda em fase de testes e sem previsão de lançamento, a Conta PJ terá inicialmente algumas funções similares às oferecidas hoje pela NuConta, a conta digital da companhia. E não parou por aí. Nessa última semana, lançou uma campanha inovadora e provocativa mostrando que a empresa se mantém o mais distante possível da burocracia que envolve seus concorrentes mais tradicionais. A startup escolherá trinta titulares da NuConta que vão ganhar bancos de madeira, com o slogan: “este é o único tipo de banco tradicional que existe numa fintech”. Mais claro impossível.

Outro case interessante é o da startup americana unicórnio, Brex. Fundada em 2017 pelos brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras, a Brex chegou a ser avaliada em US$ 2,6 bilhões na sua última rodada de investimento. Vale lembrar que estamos falando de um mercado altamente competitivo que é dos EUA. O seu principal produto é um cartão de crédito corporativo para atender startups, auxiliando empresas em suas dificuldades para obter crédito ao oferecer limites maiores do que as opções convencionais. “A Brex vê o mundo de forma diferente. As startups não são como outras empresas e nem as empresas de e-commerce”, declarou em entrevista para a revista Exame o CEO Dubugras.

Agora pense bem. De tudo o que foi citado, você consegue identificar qual é uma das principais diferenças entre uma startup e um negócio tradicional? Elas estão mais próximas de seus clientes. Elas observam e enxergam os gaps de mercado e os transformam em oportunidades. Veja: ao longo dos últimos anos, a Nubank recebeu dos usuários mais de 800 mil pedidos via e-mail para que lançasse uma conta PJ. Ela constou que ter uma conta nessa modalidade hoje no Brasil é custoso e sem muitas opções. O que ela está fazendo? Está indo lá e atendendo uma demanda importante e crescente do mercado. Bingo!

Se formos comparar com o setor tradicional, os números ainda são pequenos, mas são indicativos de uma preocupação em aumentar a eficiência. Consequentemente, as fintechs são o futuro e consistem em modelos de negócio mais enxutos e que vem atraindo grandes investidores. Em julho desse ano, três aportes importantes foram feitos no setor de fintechs. A Creditas, plataforma de crédito com garantia, captou US$ 231 milhões numa rodada liderada pelo Softbank. O mesmo grupo também aportou R$ 1 bilhão em uma oferta de R$ 1,25 bilhão em ações do Banco Inter.

Por isso, enxugar é preciso. Segundo pesquisas internas do Banco Itaú, as agências digitais são 2,5 vezes mais eficientes que as físicas. A cultura também é um ponto muito importante nesse contexto, pois ainda estamos bem atrasados. A maioria dos clientes desses bancos ainda chegam por meio das unidades físicas. Como reação, o Banco Itaú aposta na digitalização de dentro para fora. O banco criou a plataforma de pagamentos instantâneos iti, entrando na competição pelas carteiras digitais. O Bradesco abriu o banco digital Next, para atrair um público mais jovem. Em paralelo, tenta modernizar toda a sua estrutura.

O fato é que tecnologias emergentes trazem novos desafios aos modelos de negócios tradicionais e às formas de oferta de serviços financeiros. Tecnologias como blockchain, inteligência artificial, computação em nuvem, internet das coisas já são realidade nesse setor e em outros, e ficarão cada vez mais sofisticadas. O que realmente trará vantagem competitiva é responder a pergunta: qual a melhor forma de utilizá-las para trazer valor ao seu negócio?”

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/camila-farani/como-as-fintechs-estao-derrubando-paredes-e-gigantes/ Foto: Reprodução/Nubank

Apesar do modelo tradicional de atendimento dos bancos estar mudando rapidamente, nós, da Planconsult, acompanhamos de perto os grandes bancos como o Itaú e o Bradesco e sabemos que suas agências estratégicas permanecerão ativas. Outro ponto que salientamos é que, assim como dissemos no artigo anterior sobre avaliação das startups, as fintechs também são modelos de negócios onde os dados para análise não são totalmente seguros e confiáveis, desta forma seu valuation possui sempre um altíssimo risco.

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Antes de sair ao mercado em busca de investidores, é preciso entender quanto vale o seu novo negócio. Para isso, você precisará fazer um VALUATION, que nada mais é do que o cálculo do valor de uma empresa de forma sistematizada.

No entanto, o modo de avaliação de uma empresa tradicional é completamente diferente do modelo para startups. Vários fatores são responsáveis pelo resultado de um valuation, como dados históricos, faturamento, características do setor e/ou produto, tendências de mercado e etc. Portanto, como aferir valores tradicionais para um negócio que está nascendo? Somada a essa inexistência de dados e resultados, está a incerteza com relação ao futuro, já que ao menos 50% dos novos negócios deixam de existir em 5 anos no Brasil*.

Afinal, como é possível então avaliar uma startup? 

Empresas valem pela sua capacidade de gerar caixa no futuro e não apenas pelo valor do seu patrimônio. Neste sentido, ideias possuem um enorme valor. Porém, os investidores estão interessados nas ideias que possam de fato ir para frente e que gerem resultados no futuro. Diferenças de percepção sobre o futuro, o mercado e os riscos envolvidos podem gerar divergências enormes de preço principalmente pela diferença de expectativa de ganhos futuros.

É comum afirmar que a avaliação de uma startup está muito mais ligada a uma parte imaginativa e criativa, do que matemática. Desta forma, quanto melhor imaginarmos o futuro de uma empresa, mais consistente será a avaliação. Mas é claro que, para se chegar neste ponto é preciso conhecer bastante a área de atuação destes novos negócios, avaliar a concorrência, o poder de escalabilidade do negócio, se existe inovação na ideia, quem são seus sócios e equipe, sua capacidade de “entregar” o que se propõe,  e sobretudo quais são os riscos.

Outros aspectos importantes que devem ser levados em conta são: valor das receitas, margem operacional, tamanho do mercado, canais de distribuição, concorrência existente e potencial, barreiras de entrada, ativos intangíveis e investimentos já realizados.

Assim, concluímos que, para a avaliação de uma startup é preciso a combinação de diversos modelos de análise, que considere não apenas valor, mas também apresente conhecimento de sua equipe em relação aos detalhes do negócio e que consiga demonstrar, clara e objetivamente, todos os riscos envolvidos bem como sua mensuração.

Texto escrito pela equipe Planconsult. *Fonte: https://www.insper.edu.br

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